Todos nós passamos por altos e baixos na vida. Em geral, os problemas aparecem e se ajustam ao dia a dia permitindo-nos seguir com nossas atividades de uma forma ou de outra.
Mas há momentos em que um monte de coisas desaba de uma só vez. Envolve-nos criando uma avalanche de situações que nos estressa a ponto de impedir nossos movimentos, nossos passos... nos sentimos presos.
Um turbilhão de pensamentos e emoções nos invade gerando ansiedade, maculando nossa autoconfiança... chegamos até o desespero. E tudo isso pode vir a partir de um único evento: separação, desemprego, doença ou morte na família. Nessas horas, como recomeçar? Aqui vão algumas dicas.
Perceber-se a si mesm@
É importante perceber-se profundamente antes de avaliar a situação. Para começar, observe sua respiração. Respirar conscientemente te põe no momento presente. Aprofundar a respiração acalma a mente e o corpo.
Pergunte-se: o que estou sentindo agora? As sensações físicas - como dor, queimor, peso, esgotamento, tontura - onde estão no seu corpo? Que emoções estou vivenciando? Você pode anotar para identificar: "sinto raiva em mim; remorso em mim; medo em mim, tristeza em mim"... o que for.
Passe um tempo observando seus pensamentos. O que diz seu diálogo interno? Registre tudo como se explorando outro Universo, sem julgamentos. Talvez, dessa forma mais impessoal, você perceba que as sensações e emoções vem e vão; e que seus pensamentos não são você.
Observar a situação com compaixão
Se for possível, veja se pode suavizar sua reação à dificuldade. Momentos de crise ou grandes perdas impactam a todos seres humanos. Reconhecer isso te permite entregar-se, resignar-se... chorar.
Seja compassivo com você. Como se cuidasse de uma criança ou animal de estimação em dor. Nesse caso você certamente seria gentil, carinhoso e não duro, exigente. Ponha a mão onde estiver a dor ou a emoção experienciando-a com bondade sabendo que seria difícil para qualquer um.
Permita que sua reação esteja presente, assim como seus sentimentos. Isso não significa que irá gostar deles, mas reconhecerá o que você está passando agora. A aceitação de qualquer situação sempre vem. Cada um tem seu tempo para vivenciar os seus estágios, o seu momento de luto.
Voltar a caminhar
Mais cedo ou mais tarde cai a ficha: a vida continua. Será hora de retomar o controle; voltar a caminhar. Fique atento para não atrasar a retomada - sofrendo em demasia - mas também para não ignorar seus sentimentos.
O principal então será sentir-se bem. Caminhar na praia, ler um novo livro, fazer o que sentir no coração. E quem sabe a experiência passada até te ajude a começar algo que nunca pôde fazer antes... O que você gostaria de fazer se não houvesse quaisquer limites? É hora de mudar de vida.
Escreva em um diário: expressar pensamentos e sentimentos, descrever desejos e sonhos... uma ótima transição entre o passado e o futuro porvir. Relate os pontos altos e baixos do dia, reviva os momentos agradáveis.
Comece um novo hobby: pode ser tentador ficar em casa e só descansar. Mas o que você precisa agora é mudar seu ambiente e rotina. Experimente e descubra suas habilidades e talentos em algo novo e divertido e, quem sabe, desafiador.
Aprenda a meditar: estar plenamente presente neste momento, mente e corpo no que se está fazendo, é algo libertador. Mas, como todo novo aprendizado, precisa de prática. Meditar vai abrir seu universo interno, melhorar sua saúde geral e ainda fortalecer seus relacionamentos.
Pratique exercícios: o mais importante é fazer algo que gosta e possa manter a constância. Melhor 15 minutos todo dia que 1h só no sábado. Caminhar, correr, dançar, malhar... se mexer! E em grupo é ainda melhor.
Trace metas simples: Focar um objetivo almejado é ótimo para criar uma nova vida. Planejar e dar pequenos passos nessa direção é uma excelente estratégia. Mas lembre: tudo tem um preço; seu tempo, sua energia, seu dinheiro. Pese prós e contras de cada meta equilibrando a sua nova rotina.
